Explicando a mudança de nome e de endereço

Em maio de 2006 – 7 anos atrás – inaugurei o meu terceiro blog: o Entretantos. O endereço era gratuito (rafaelrodrigues.wordpress.com), e por lá fiquei até janeiro de 2007, quando mudei para um domínio próprio (entretantos.com.br). Tempos depois, consegui levar o Entretantos para o site da revista Bravo! (bravonline.abril.com.br/blogs/entretantos). Isso foi em abril de 2010.

O nome “Entretantos” veio primeiro com a intenção de que significasse estar no meio de tantos discos, filmes e livros, que seriam o foco do blog, mas em seguida pensei que seria bacana não explicar isso. Dessa forma, não estaria descartado o sentido gramatical da palavra, que é uma conjunção.

Depois de dois blogs mais pessoais do que culturais (“A vida e afins” e, PASMEM!, “Cotocos”), minha vontade era mudar a cara dos textos e fazer de mim um blogueiro “quase profissional”. Mas só fui chegar mais perto disso quando comecei a blogar no endereço hospedado no site da Bravo!, até porque não poderia fazer feio em uma vitrine tão nobre.

O tempo foi passando e fui cansando do nome “Entretantos”. E antes que alguém me pergunte, digo que não houve um motivo específico para esse cansaço. Quando isso aconteceu, comentei com algumas pessoas sobre mudar o nome do blog, pensei em diversos títulos, mas não cheguei a lugar algum. Mais recentemente, no fim de 2012, a ideia voltou com mais força, e pensei em batizar o novo blog de “Paliativos”. E, mais recentemente ainda, devido a alguns problemas de acesso ao Entretantos, decidi colocar o Paliativos no ar.

São duas as definições do Houaiss eletrônico para a palavra:

1 “que ou o que tem a qualidade de acalmar, de abrandar temporariamente um mal“;
2 “que ou que serve para atenuar um mal ou protelar uma crise“.

O blog seguirá tratando dos assuntos prediletos do blogueiro: livros, discos e filmes. E o sentido do nome de batismo deste espaço pode ser uma das definições acima – ou mesmo as duas -, apesar de eu não necessariamente ver a literatura, a música e o cinema como paliativos. Para mim, música, cinema e literatura são diversão. Às vezes funcionam como remédios, é verdade, como quando estou em meio a uma crise existencial e coloco um disco do Foo Fighters em alto e bom som – não raro todos os discos do Foo Fighters; um por vez, claro. Ou como quando paro um pouco para assistir a alguns episódios de Seinfeld ou a um filme muito bom/divertido. Ou quando paro para ler alguma crônica do Fernando Sabino ou do Nelson Rodrigues.

Mas o nome “Paliativos” pode ser aplicado também para os textos que foram e serão escritos. Cada texto será uma espécie de paliativo para a minha mente, para a minha alma. Ainda que seja um simples texto, um post irrelevante. Ele pode não significar nada para o leitor, mas certamente remediará alguma inquietação minha, ainda que sejam inquietações pequeno-burguesas, como escrever sobre algum livro, disco ou filme.

O blog continua sob a aba da Bravo!, porém com link externo. O endereço do Entretantos continua disponível, pois ainda não consegui fazer um backup dos posts mais recentes. Quando conseguir, provavelmente trarei todos para cá.

Ou não. Talvez eu decida deixar o Paliativos como um novo marco, um novo começo. Um recomeço.

Afinal, é como diz aquele conhecidíssimo trecho do romance “O encontro marcado”, de Fernando Sabino:

De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.

Sejam bem-vindos.

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