Eu, eu mesmo e meus livros

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Inspirado pelo livro de Jacques Bonnet, resolvi fazer uma contagem dos meus livros. A conclusão a que cheguei é de que ainda falta um pouco para chegar à quantidade de títulos que eu desejo ter, que é a de 750.

Se eu realmente conseguir isso, precisarei de muita disciplina para manter esse número. Para cada novo livro que comprar futuramente, eu obrigatoriamente terei que me desfazer de um. É por isso que talvez eu estique o número para 1000.

Sobre essa contagem, é preciso observar um detalhe: a quantidade de títulos é diferente da quantidade de volumes, ou seja, isso me permite ter 3 edições do romance “O encontro marcado”, de Fernando Sabino, além de tê-lo dentro de um dos volumes de sua Obra Reunida, e contar como apenas um título. Há outros exemplos assim nas minhas estantes: duas edições de “O desatino da rapaziada”, de Humberto Werneck, e duas também de “Bom dia para nascer”, de Otto Lara Resende. Portanto, 750 títulos não significam necessariamente 750 volumes.

Não fui muito preciso em minha contagem. Explico: tenho duas estantes de madeira – uma do tamanho tradicional e uma menor -, além de seis prateleiras de vidro no meu quarto. Mas é claro que os livros não se contentaram em preenchê-las. Há livros no teto da “estante tradicional”. Há três pilhas de livros no pé da minha cama, devidamente acomodados em cima de um pedaço de papelão, além de duas pequenas pilhas ao lado da cama, em cima do tapete. Há também livros dentro do meu guarda-roupa, alguns no quarto do meu irmão e também num ex-quarto da casa. (Acabo de lembrar que faltou contar uma prateleira de livros nesse ex-quarto.)

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Foram contados livros que eu não vou me desfazer tão cedo. Digo isso porque estou me desfazendo – e vendendo – de parte dos meus livros – esses que foram para a fogueira não foram contados. Não contei também os três volumes da Obra Reunida de Fernando Sabino, nem a prateleira de livros que lembrei há pouco. Acabo de perceber que também não contei a prateleira que fica à minha frente, e que abriga parte dos meus livros de bolso. Como a qualquer momento posso resolver me desfazer de mais livros – escrevi que não farei isso tão cedo, mas nunca se sabe -, vou manter a contagem que havia feito, sem adicionar essas duas prateleiras “descobertas” depois. Não contei, também, livros da editora Martin Claret que comprei quando ainda não sabia dos problemas de tradução da editora (há muito tempo, portanto).

Antes que você me pergunte o porquê de eu estar me desfazendo de parte dos meus livros, digo que são três as razões: dinheiro, espaço e a consciência de que não os lerei – ou relerei. A maioria das obras que estão sendo vendidas eu a) comprei por impulso ou b) recebi como pagamento por serviços prestados a um site no passado. Algumas foram lidas, outras não.

É importante também esclarecer que parte da minha biblioteca é composta por livros enviados por assessorias de imprensa de editoras – às vezes por solicitação minha, às vezes por sugestão de assessores. Esses livros eu não vendo. Como me chegaram gratuitamente, dou de presente os que não desejo manter comigo para alguém que possa aproveitá-los melhor.

Bom, dito tudo isso, eis que minha contagem resultou em 1125 livros (me sinto na obrigação de dizer que dezenas deles me foram dados de presente por minha bem-amada). Precisarei “me livrar” de 125 obras para chegar aos 1000 pretendidos (não tem jeito, preciso esticar o número mesmo). A questão é se vou conseguir…

* Nas fotos, duas de minhas prateleiras favoritas: a primeira, com predominância de autores brasileiros (Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Vinicius de Moraes, Murilo Rubião, Humberto Werneck, Jaime Prado Gouvêa, Menalton Braff, Ronaldo Correia de Brito e, misturados ali, um Aníbal Machado – o outro está no guarda-roupa -, 1 do Drummond – os outros estão na prateleira de baixo -, 2 Cyro dos Anjos – falta 1, que está na prateleira de baixo também – e 2 Affonso Romano de Sant’Anna); e a segunda, com autores estrangeiros (Philip Roth, Paul Auster, J.M. Coetzee, George Orwell, Ernesto Sabato, Jorge Luis Borges e Christopher Hitchens; do dia em que tirei a foto para cá, um Borges foi para a fogueira e “descobri” que um Hitchens está em outro lugar; não aparecem, deitados, livros de autores brasileiros, que estão logo depois do último Hitchens).

2 Replies to “Eu, eu mesmo e meus livros”

  1. Desfazer dos meus livros? Nunca! Quero ser enterrada com eles
    E se realmente você vender/doar alguns dos seus livros, eu imploro que avise (aqui, ou sei la aonde). Certeza que vou querer alguns

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